Carla Dantas
Você acha que o yoga deveria ser mais acessível? Se sim, como torná-lo mais acessível?
Acredito em yoga para todos. Uma prática que tem como principio a integração entre as pessoas, o autoconhecimento através dos Yamas e Niyamas, da meditação… Sim deveria ser acessível. Hoje já existem alguns projetos voltados para as práticas que são inseridas em comunidades, escolas e espaços públicos. Esse é um dos caminhos que podemos trilhar. Sou, também, pedagoga e percebo a importância das práticas nos grupos com as crianças. Respirar, concentrar, observar, meditar, brincar… São caminhos para o desenvolvimento de uma infância que possa perceber a si e ao outro como parte integrante não apenas do seu espaço de convívio, mas numa diversidade que abriga tantos seres num imenso espaço de convívio… O planeta.
O que você gostaria de ver acontecer com o yoga em 2016?
Gostaria de ver mais pessoas praticando nas escolas, nos parques, praças e tantos espaços possíveis. Conscientizando-se que prática do yoga pode mover, transformar aos poucos o dia a dia, a nossa forma de compreender o mundo, de lidar com as nossas frustrações, expectativas e acima de tudo reconhecendo que somos seres cheios de possibilidades. Poderíamos falar de Santosha, pois ao passo do contentamento, a gratidão nos faz presentes no aqui e agora do nosso caminho. Gostaria que em 2016 o yoga pudesse reverberar!
Qual a sua mensagem para os instrutores de yoga no Brasil?
Nós, os instrutores de yoga, temos uma grande responsabilidade ao lidarmos com os nossos alunos, por isso que possamos observar, aprender, ensinar, trocar e direcionar olhares cuidadosos e específicos para a diversidade de pessoas que nos chegam. Corpos (nos aspectos físicos e sutis), suas histórias e seus aprendizados. Que o yoga seja vivenciado e que a expansão de energia e amor que move as aulas reverbere para as nossas ações no dia a dia.