Vitor Caruso Jr
Cidade: Curitiba, São Paulo, São José dos Campos e, esporadicamente, em Itatiba, Camboriú, Rio de Janeiro e Fortaleza
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O que é Yoga?
A definição comum de yoga, como união, pode causar algumas confusões. Pois é preciso saber de que união estamos nos falando, e como estamos nos unindo. Meu querido Professor Hermógenes, em certa oportunidade, quando lhe foi solicitado para abraçar uma pessoa que causava muita perturbação no universo dos professores de yoga, afirmou com muita clareza: eu posso amar o porco-espinho, mas não abraço porco-espinho. Aprendi aí, que a união do yoga não era qualquer tipo de união. Alguns falam em união com Deus. Mas onde está Deus? Hermógenes me ensinou que Deus está em tudo, e em todos. Então deveria me unir a todos? Como isto é possível? Unir-me aos fundamentalistas, preconceituosos e corruptos, também? Aprendi com ele que deveria tentar me unir à vida, à obra de Deus, e suas manifestações. Obra de Deus que está na alegria, na bondade, na generosidade, no sorriso de uma criança, num gesto de carinho, no trabalho, e especialmente na saúde, uma vez que nosso corpo, também é obra do Divino. Unir-se à vida, talvez não seja a resposta certa ainda, mas é algo que deixaria seu Criador mais contente.
O que está por detrás da Consciência?
Esta pergunta trabalha com uma pré-concepção separativa. Como se houvesse uma consciência, separada do resto. Uma especial característica do Budismo, ressaltada pelo meu mentor, o mestre Zen Thich Nhat Hanh, nos faz analisar de forma profunda estas concepções. O que é consciência, sem os objetos da consciência? O que é consciência, sem os sentidos que manifestam a consciência? Ou seja, não há consciência separada. A consciência se co-manifesta com a criação, ela é parte do milagre, ela é parte do fenômeno da percepção. Nós, nossa consciência, e tudo que nos rodeia, é co-criado, surge em conjunto, somos interdependentes, interrelacionados.
Qual a sua mensagem para os instrutores de Yoga no Brasil?
Meu professor Lino Miele, um dos principais alunos que o indiano Pattabhi Jois teve, me acompanha já faz quase uma década, e certa vez me salientou: Vitor, pratique todos os dias.
Aprendi muito mais com minha prática, com o estudo de mim mesmo, do que com muitas teorias e explicações.
Em 2005, passei uma temporada na Índia, junto ao Dalai Lama, recebendo valiosas transmissões. Em 2006, quando encontrei ele no Brasil, ele salientou três conselhos para que aprofundássemos a prática: Estude, estude e estude.
A mensagem que posso deixar é a que recebi, e funciona para mim: muita prática e estudo.